sábado, 6 de outubro de 2012

Sem rimas, sem vacilos e sem delírios

Aplausos, é isso que queres?
A realidade é o silêncio,
o sofrimento calado e débil.
Indignação, é isso que pensas faltar?
Ela está lá, todos os dias,
na covardia de quem já não confia em si,
nas dores das traições sucessivas.
Nobreza moral, é isso que mudará o mundo?
O concreto é o pesar dos dias,
a auto intitulação nada vale,
há pouca prática e muitas verdades.
Vida, é essa a sua oportunidade?
As felicidades plenas do seu corpo,
ou uma vida espartana nada valem,
São duas faces da mesma moeda alienada.
Ser humano, é isso que queres ser?
Dia a dia, todo trabalho é de máquina.
Aprisionam toda coisa humana,
disso ninguém escapa.
Então me perguntas porque luto.
Um misto de gozo da cara da burguesia,
a busca pela verdade libertadora real,
com a única oportunidade de fazer minha, a minha vida.

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