domingo, 27 de setembro de 2015

O roteiro


Pousou suavemente os dedos nas plumas de minha fênix,
viu que há mais sentimento que pele,
falou baixinho em meu ouvido "voa", 
segurou minha mão ao primeiro impulso de esquiva
e no outro ouvido pediu "volta".
Atordoado apelou para poesia em minha nuca,
onde pousou os lábios.
Vi o universo se expandir em seus olhos,
lendo e relendo o meu ombro direito
a petulância do grifo árabe revolução até a vitória.
Me convidou pra dançar,
tropeçando aceitou meu desajeito,
se pôs imperfeito,
me deixou à vontade, se pôs a falar...
O que disse não sei.
Era pra ter paciência, mas só tenho asas.

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