quarta-feira, 11 de abril de 2012

Livremente aprisionada

Mais uma estrela brilha
embora céu não haja.
E tudo que me habita
é também o que descasa.
Aguardo o som,
ele quebrará meu silêncio.
Regulo, pondero, escuto e durmo.
Minhas paixões mudaram e o som não chega.
Meu coração não bate, me espanca.
Surtos aos fins de tarde...
"Tenho que fazer algo!"
Não acho.
Até encontro, mas sinto medo.
Melhor culpar a indisciplina que a incapacidade.
Em fim, movo-me.
Estrelas de lugares diferentes,
elas ascendem e apagam.
Eu continuo aqui...
Cadê o som? A notícia?
Estudo necessidades humanas,
raciono as minhas.
A janela do 6o ainda tá acessa.
Me sinto só, me recuso a sofrer.
O telefone não toca.
Leio por obrigação e para driblar as horas.
A angústia acaba depois do poema,
no sal e na água.
A luz do 6o é apagada.

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