sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Há(a) terceira pele(?)

Um labirinto de incertezas e finitudes,
retornos, estanques, coturnos.
Dissipa-se ao som ocre do silêncio,
padece-se de dúvidas, percorre-se caminhos.
Observa-se, e este é o mais valioso.
Pegar ou acolher, pouco importa...
Se há mais trancas que portas, como entrar? Como sair?
Como mover a vida? Como estacionar na morte?
Aparatos de formato humano e suas respectivas solidões,
a ausência de perguntas, a supremacia das respostas ilusórias.
Há uma população residente na fantasia,
dependentes de uma única mente.
Começa a doer cada passo,
remoí, ata, repete-se e o tempo se vai.
Expansão demográfica de espectros...
Viagens, lugares e imperfeições,
mais um conto pra falar, mais uma lembrança pra se segurar.
Embora tudo esteja caindo, falindo, indo.
No lugar o passado, a falta, os sons.
A tristeza subcutânea e suas necessidades,
a epiderme da felicidade apartando-nos das mazelas,
e a vontade de falar sobre o tecido, aquele que vai mediar as verdades.

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