Sua volta parecia nem ter a
partida, mas teve. Até onde podemos acreditar em uma nova pessoa? É tentador quando
alguém te pede desculpas e se dispõe a fazer tudo certo. Mas e essa sensação
que é tudo encenado? Acho que deve ser por isso que relacionamentos antigos
tendem ao fracasso. Ou seja, a mudança pode até ter ocorrido, entretanto a
desconfiança impera como um alerta sobre os 5 sentidos. Daí surge a sensação de
incapacidade de ser completamente feliz.
Saber
dar o fim nas histórias é uma arte. Trata-se de algo que eu aprendi com tempo e
solidão. Esta viagem para dentro que eu ouso fazer todos os dias vem
demonstrando que muitos erros ainda doem e que eu não consigo acreditar tão
facilmente assim nos outros. Pela primeira vez minha auto-preservação falou
mais forte.
Acho
importante quando alguém que nos decepciona toma a decisão de retomar as
relações identificando seus erros e admitindo os que não conseguiu enxergar,
afinal nunca sabemos onde machucamos os outros. Só que ainda restava alguma
coisa pra viver, eu tomei a decisão e vivi. E como fala a música continuar a
trajetória é retroceder. Aprendi a não ceder, e principalmente a não retroceder.
As
histórias precisam de um desfecho, algumas tem continuidade em nossa
imaginação, mas nenhuma película dura para sempre. Não há público para tal. Fui
me desligando desta história aos poucos, sem me perceber disso. Não nos falamos
hoje, não sinto falta, não sinto nada. Só há letreiros subindo e a vida dando
mais uma desligada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário